O verão é, sem dúvida, a época do ano em que as praias ficam mais movimentadas. É quando as pessoas buscam aproveitar os dias de calor, sol forte e céu aberto para relaxar, se divertir e curtir momentos ao ar livre. No entanto, esse cenário também traz consigo um risco que muita gente ainda subestima: as queimaduras solares. E sim, elas vão muito além de um simples incômodo temporário. Quando não levadas a sério, podem gerar consequências que acompanham a pele para o resto da vida.

A exposição ao sol é importante?

A exposição ao sol tem, sim, seu lado positivo. Ela é fundamental para estimular a produção de vitamina D, essencial para a saúde dos ossos e do sistema imunológico. Porém, esse benefício só existe quando a exposição acontece de forma moderada e controlada. O excesso, como todo mundo já sabe, é prejudicial. E o principal responsável por isso são os raios ultravioleta, mais conhecidos como raios UV.

Como acontecem as queimaduras na pele?

Existe ainda um agravante que muita gente ignora: a fitofotodermatose, conhecida como queimadura por limão.

Esse é aquele típico acidente de verão, em que a pessoa faz um drink, espreme uma fatia de limão, respinga na mão, no braço ou na boca e, pouco tempo depois, aparece uma mancha escura, ardência e até bolhas.

Isso acontece por conta de uma substância presente no limão que, em contato com o sol, gera uma reação fotoquímica na pele. O resultado é, literalmente, uma queimadura química desencadeada pela luz solar.

Quais são as consequências da queimadura na pele?

As consequências de uma queimadura solar não são apenas estéticas. Elas provocam desconforto imediato, como vermelhidão intensa, ardência, sensibilidade ao toque e sensação de pele quente.

Dependendo do grau da queimadura, também podem surgir bolhas, descamação, coceira e, nos casos mais graves, febre, calafrios, dor de cabeça e até desidratação.

A pele afetada pode começar a descamar após alguns dias, o que indica que o corpo está eliminando as células danificadas.

É importante entender que as queimaduras solares são classificadas, na maioria das vezes, como de primeiro grau, afetando apenas a camada mais superficial da pele.

Quando há bolhas, já se trata de uma queimadura de segundo grau, que exige cuidados mais rigorosos. Em qualquer situação, quanto mais recorrentes essas agressões, maiores os riscos de desenvolver câncer de pele, especialmente o melanoma, que é o tipo mais agressivo.

Envelhecimento precoce

O envelhecimento precoce é outro efeito colateral que nem todo mundo associa diretamente ao sol. Mas é simples de entender.

Quando a pele é bombardeada pelos raios UVA ao longo dos anos, as fibras de colágeno e elastina, que garantem firmeza e elasticidade, começam a se romper. O resultado aparece na forma de rugas, linhas de expressão, manchas escuras e uma textura irregular.

Sabendo de tudo isso, fica claro que evitar a queimadura solar não é só uma questão de estética, mas de saúde. E sim, é possível curtir a praia, o sol e o verão sem abrir mão desse cuidado.

A proteção começa, claro, pelo uso correto do protetor solar. E não é qualquer aplicação. É preciso usar uma quantidade generosa e reaplicar a cada duas horas, especialmente se você entrou no mar, suou muito ou se secou com a toalha.

Como evitar queimaduras solares?

O fator de proteção solar, o famoso FPS, deve ser adequado ao seu tipo de pele. Peles muito claras, que costumam queimar com facilidade, precisam de um FPS mais alto, no mínimo 50.

Já peles mais morenas, que possuem mais melanina, podem até se sentir mais protegidas, mas isso não significa que estão livres dos danos causados pelos raios UV. Portanto, filtro solar é indispensável para todos.

Mas não é só isso. A roupa também faz parte da proteção. Tecidos leves, de algodão, com mangas longas e chapéus de aba larga ajudam muito a criar uma barreira física contra o sol. Óculos de sol com proteção UV também são fundamentais, afinal, os olhos também sofrem com a radiação.

Cuidado com o horário de exposição ao sol

Escolher os horários certos para ir à praia é outro fator que faz toda a diferença. O período entre 10h e 16h deve ser evitado sempre que possível, pois é quando a radiação ultravioleta atinge seu pico.

Nesses horários, a sombra vira sua melhor amiga. Seja uma árvore, um guarda-sol ou uma tenda, qualquer fonte de sombra ajuda a reduzir consideravelmente a exposição direta.

Mantenha a hidratação em dia

Manter-se hidratado é mais um cuidado essencial. A exposição ao sol aumenta a perda de líquidos através do suor, o que pode levar à desidratação. Além disso, uma pele bem hidratada também se recupera melhor de qualquer agressão, inclusive das causadas pelo sol.

Proteja todas as regiões do seu corpo

Algumas áreas do corpo merecem atenção especial. A ponta do nariz, as orelhas, os pés, a nuca, os lábios e o dorso das mãos são frequentemente esquecidos na aplicação do protetor solar e, não por acaso, estão entre os pontos mais afetados pelas queimaduras solares. Inclusive, existe protetor específico para os lábios, com FPS, que deve ser usado o tempo todo.

O que fazer em caso de queimaduras solares?

Se, mesmo com todos os cuidados, você perceber sinais de queimadura solar, o primeiro passo é sair imediatamente do sol e buscar um ambiente fresco. Tomar um banho frio ajuda a aliviar a sensação de calor na pele. Hidratar-se muito e aplicar cremes pós-sol, especialmente aqueles que contêm aloe vera, ajudam a acalmar a pele e acelerar o processo de recuperação.

Nunca estoure as bolhas

Se surgirem bolhas, a recomendação é nunca estourá-las. Elas funcionam como uma proteção natural do corpo, evitando infecções. Caso a queimadura seja muito intensa, com febre, náusea, tontura ou sinais de desidratação severa, a orientação é procurar atendimento médico o quanto antes.

A importância da proteção solar infantil

A proteção solar nas crianças exige ainda mais atenção. A pele infantil é muito mais sensível e vulnerável aos efeitos do sol. Até os seis meses de idade, os bebês não devem ser expostos diretamente ao sol.

A partir dessa fase, o uso de protetor solar específico para crianças, roupas de proteção, chapéus e sombra é indispensável.

É na infância que acumulamos a maior carga de radiação solar que, futuramente, pode se traduzir em problemas sérios de pele.

A regra é simples. Sol faz bem, mas com responsabilidade. As queimaduras solares não são apenas um desconforto passageiro. Elas deixam cicatrizes na pele e aumentam, de forma silenciosa, o risco de doenças que poderiam ser completamente evitadas com medidas simples.

Aproveitar a praia, o verão e o sol é um dos maiores prazeres da vida. Mas isso não precisa, nem deve, ser sinônimo de negligência com a sua saúde. A proteção solar deve ser encarada como um hábito diário, assim como escovar os dentes. Não é um detalhe. É uma necessidade. Afinal, a sua pele te acompanha por toda a vida. Cuide dela hoje, para que ela continue saudável, bonita e protegida por muitos e muitos verões.

Aviso Importante: Este conteúdo tem caráter informativo e educativo, elaborado com base em referências confiáveis. No entanto, ele não substitui uma avaliação, diagnóstico ou orientação de um profissional de saúde qualificado.

Em caso de queimaduras solares, reações adversas, dúvidas ou qualquer desconforto, procure um médico ou dermatologista de sua confiança para uma análise adequada e indicação do tratamento correto.

Bianca Mayer

Vivo e respiro Ubatuba. Mais do que moradora, sou uma exploradora apaixonada, sempre em busca de cantinhos autênticos e histórias que só quem realmente vive a cidade conhece. Não gosto de dicas genéricas e acredito que Ubatuba merece ser descoberta. Compartilho minha experiência real, sem filtros, mostrando que esse paraíso vai muito além do verão.