Conheci a Cachoeira da Renata por indicação de um morador antigo de Ubatuba. Ele me garantiu que era uma das quedas d’água mais agradáveis da região do Sertão da Quina, e não exagerou. O caminho até lá já dá uma ideia do que nos espera. Saindo da Rio-Santos, no km 76,5, você entra por uma estradinha no bairro da Maranduba. São cerca de 4 km, entre asfalto e terra, até chegar perto da entrada. Não é um trecho difícil, mas em dias de muita chuva, o final da estrada pode exigir mais atenção.
Como é a cachoeira da Renata?
Ao chegar, já senti aquele clima de refúgio escondido. A cachoeira fica em propriedade particular, então o estacionamento é pago, mas pelo menos há um quiosque que vende lanches e bebidas simples. Nada muito elaborado, mas quebra um galho. A estrutura ajuda, principalmente se você pretende passar algumas horas por lá.
A queda d’água é linda, com um poço grande e fundo logo abaixo. A água é bem gelada, daquelas que revigoram no primeiro mergulho. Levei snorkel por hábito, e acabou sendo ótimo, porque o poço tem uma visibilidade incrível. Dá pra nadar bastante, é um dos maiores poços da região. Tem uma pedra enorme que muitos usam para saltar, e logo abaixo dela, uma menor. Só recomendo cuidado redobrado, especialmente se estiver com crianças.
Conheça mais detalhes sobre a Cachoeira da Renata
O cenário é cercado de Mata Atlântica, e o som constante da queda d’água cria aquele clima de isolamento que eu tanto procuro em lugares assim. A sensação é de estar em um pequeno oásis. Muita gente escuta “sertão” e pensa em seca, mas aqui é o oposto.
O Sertão da Quina é repleto de água, com várias cachoeiras interligadas, como a do Poço Verde, Chafariz, Corrêa e a imponente Água Branca, que fica dentro do Parque Estadual da Serra do Mar e só pode ser acessada com guia, depois de uma trilha puxada.
Por que a Cachoeira da Renata recebeu este nome?
Uma curiosidade interessante é que a Cachoeira da Renata ganhou esse nome por causa de Renata Helga Hilde Jann, uma mulher que se apaixonou por essa região nos anos 70. Ela comprou terras por ali e decidiu abrir a propriedade para visitação, contribuindo com infraestrutura e ajudando a transformar o local num ponto turístico. O nome foi uma homenagem espontânea dos moradores, e pegou.
Nos últimos anos, a região passou por uma mudança significativa com a construção de uma barragem pela Sabesp. A obra gerou protestos na época, mas acabou sendo concluída. O interessante é que com a barragem se formou uma “prainha” de água doce, com areia e águas calmas. Um cantinho excelente para quem está com crianças ou idosos. A área virou um espaço de descanso dentro do próprio sítio. Mesmo com a intervenção, o visual ainda é muito bonito, e o fluxo de água segue firme.
O que preciso saber antes de visitar a Cachoeira da Renata?
Minha dica é visitar em dias de semana ou fora da alta temporada, quando o movimento é menor. Em feriados prolongados, fica cheio e perde um pouco da paz. Leve toalha, snorkel, repelente e um lanche, caso queira algo diferente do que o quiosque oferece. Se for com crianças, redobre a atenção nas pedras e nas águas mais profundas.
O que mais me marcou na visita à Cachoeira da Renata foi essa combinação rara de natureza bem preservada com um toque de estrutura que facilita a vida de quem quer curtir o dia sem perrengue. Voltei com a sensação de ter descoberto um cantinho especial de Ubatuba, daqueles que você recomenda para os amigos sem medo. Não é o tipo de lugar cenográfico, mas sim real, com história, gente por trás e natureza generosa. Valeu cada minuto.
Cachoeira da Renata – Ubatuba, SP | |
|---|---|
| Localização | Sertão da Quina, Maranduba – Ubatuba/SP (acesso pelo km 76,5 da Rio-Santos) |
| Acesso | Cerca de 4 km por estrada mista (asfalto e terra); atenção em dias de chuva |
| Infraestrutura | Estacionamento pago, quiosque com lanches e bebidas |
| Características | Queda d’água com poço grande e fundo, visibilidade excelente, ideal para nadar e snorkel |
| Ambiente | Rodeada por Mata Atlântica, clima de refúgio com som da água constante |
| Curiosidade | Nome dado em homenagem a Renata Helga Hilde Jann, que abriu a propriedade ao turismo nos anos 70 |
| Obra Recente | Construção de barragem criou uma prainha de água doce, boa para crianças e idosos |
| Dicas de Visita | Prefira dias de semana, leve snorkel, repelente e lanche. Cuidado com pedras e profundidade |
| Impressão Final | Natureza preservada com estrutura básica. Um refúgio real e especial em Ubatuba |
Sou Michele, apaixonada por ecoturismo e por tudo o que envolve aventura e natureza. Ubatuba é meu playground e, ao longo dos anos, explorei os melhores lugares para trilhas, mergulho, surf, rapel e tantos outros esportes ao ar livre.
Mas não basta só conhecer os destinos — saber como chegar com segurança, o que levar e quais cuidados tomar faz toda a diferença. Por isso, compartilho dicas práticas para que você evite imprevistos e aproveite cada momento ao máximo. Quero que sua viagem a Ubatuba seja memorável, cheia de descobertas e conexão real com a natureza!
